A
vida suspensa nas madrugadas de areia.
O
cansaço das palavras na boca do Psicólogo, às vezes, tenho medo,
Da
escuridão das personagens,
Quando
o homem do chapéu negro,
Invade
as paredes transparentes da saudade.
Está
frio, meu amor.
O
mar está longe,
Como
as migalhas da solidão,
E
este veleiro não pára,
Move-se,
Alimenta-se
da minha pobre sombra.
Tenho
medo, meu amor.
Tenho
medo da saudade,
Quando
inventada pela claridade dos dias tristes,
Cansados
de viver.
Escrevo-te,
Desenho-te,
No
caderno prateado que traz o silêncio da morte.
A
verdade, custa.
O
silêncio da verdade, custa mais…
Mas
não interessa se as árvores vão sobreviver à saudade.
Porque
dentro de mim, meu amor,
Só
existe o cansaço das palavras.
Nada
mais.
O
cansaço das palavras.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
06/01/2020