Só.
Estar
sentado nesta esplanada.
Só.
Descer,
correr,
Só.
Deitar-me
na calçada.
Só.
Menino
de Luanda.
O
cheiro do capim.
Os
musseques envenenados pela sombra de mim.
Só.
Correndo.
Descendo. As escadas da saudade.
Só.
Chorando.
Só.
Quando
durmo. Quando acordo. Só.
Só.
Sem
horários. Só. Sem relógio. Só.
Só.
Aqui.
Ali.
Sonhos.
Sonhar. Viver não vivendo.
Só.
Entre
palavras e desenhar.
O
só eu.
Deitado
no altar.
Em
pedra.
Só.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
19/11/2019