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foto de: A&M ART and Photos
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sábado
os caixões da insónia silenciados na
parada dos sonhos
os ventos longínquos das manhãs que
dormiam na tua mão
não mais dormirão
evaporaram-se como pequenas gotículas
de suor depois da tempestade
solidão
palavra desconhecida que o meu corpo
absorve como mandíbulas metálicas
os olhos cansam-se como se cansam as
pernas de cristal dos azulejos brancos
só
sempre
desde que partiram as gaivotas teus
abraços para destinos inventados
viagens sem limite
sábado
a solidão
eu só
sempre
os caixões da insónia
a serpente
e mente
ela
ele
as ruas numeradas que habitam a cidade
dos reumáticos assentos de prata
fidelidade
feliz
infeliz
o sábado
à saudade
só
aplique depois de seco
mergulhar supérfluamente como Dálias
em jardins de pedra
e eu minguado
e eu
eu triste
porque sábado
eu
só
(apenas eu
como uma cadeira onde te sentas e sinto
a tua pele...)
(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha – Alijó
Domingo. 1 de Dezembro de 2013