Ontem,
nas palavras ouvia o teu silêncio.
Hoje,
no silêncio da noite, oiço as tuas palavras.
Ontem,
passeavas comigo junto ao mar.
Hoje,
estás sentada na pedra da saudade.
Este
poema é imperfeito,
Falta-lhe
a alegria das palavras,
Ditas,
Não
ditas.
Escritas.
Ontem,
desenhavas um sorriso na minha mão.
Hoje,
Hoje,
com a minha mão, desenho um sorriso no teu retracto…
E
beijo-o,
Como
se ele fosse o nascer do sol,
O
luar,
Ou
a noite em construção.
Ontem,
estavas cá…
Hoje,
tenho a certeza de que estás cá…
Algures,
Junto
a mim.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
25/09/2019