Flor
queimada.
Quando
a enxada da saudade,
Dócil
quimera da tempestade,
Mergulha
na madrugada,
Perfume
da solidão,
Rasgando
a terra onde se entranha o teu cansaço,
Toco-te
com a minha mão…
E
sacudo a espada do abraço,
Nada
faço,
A
não ser escrevendo palavras ao vento.
Me
sento.
Me
alimento.
Menino
da tua liberdade.
Flor
queimada,
Que
o mar semeia nos tempos de espera,
Quem
me dera…
Nos
soníferos da pomba assassinada.
Francisco
Luís Fontinha
Alijó,
22 de Abril de 2018