(desenho de
Francisco Luís Fontinha)
Do grito cinzento do
silêncio
às amarras vocais
dos nocturnos desejos de pedra
ama-se um poema
odeia-se uma flor
acabada de nascer
fuma-se o último
cigarro
inventam-se
esconderijos no corpo de uma mulher...
o relógio não
cessa de chorar
o barco que
transporta a solidão...
ancorado ao meu
corpo desprovido de agasalho
do grito cinzento do
silêncio
às amarras vocais
dos nocturnos desejos de pedra
uma cova... funda...
me espera!
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Quarta-feira, 31 de
Dezembro de 2014