(desenho
de Francisco Luís Fontinha)
Os
sete orgasmos do Mussulo, a liberdade sobre as palmeiras invisíveis
que me atormentavam, como campânulas de sofrimento, ao deitar, o
caixão que dançava deixou de o fazer, dificuldades com o cachê,
dispensa de artistas e cadáveres de cera, um altar recheado de
almas, tantas almas como os versos do sem-abrigo quando sentado numa
cadeira apodrecida de um circo ambulante,
Quero
ser artista, mãe!
Nem
penses..., nem... penses...
Filho
meu não é artista!
Nunca,
Nunca,
mãe?
Os
sete, juntos, e sós, no Mussulo era mais barato, a saia descaída, o
soutien desenhado no peito
E...
Nunca,
mãe?
Nunca,
Nunca
No
peito uma flecha de sémen rodopiando no gelo do ringue de
patinagem,,,, o belo, a dança... e o corpo em pequenas rotações...
(ficção)
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Segunda-feira,
23 de Fevereiro de 2015