(desenho de
Francisco Luís Fontinha)
o triturador do sono
mergulhado nos teus
olhos incandescentes
tens nos lábios o
pingente beijo
iluminado pela
saudade
entre quatro paredes
paredes
sós
nem porta
janelas
cubículo de prata
onde habitam todos
os cheiros da cidade...
as abelhas do
amanhecer saboreando a tua pele de mel
como se tu
janelas
fosses um pedaço de
pólen
ou
nem portas
e nas paredes
as frestas da
insónia
sombreadas
e acorrentadas
às sílabas
enforcadas
do velho barco de
esferovite...
que em criança eu
brincava.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Segunda-feira, 23 de
Fevereiro de 2015
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