Lívido
sacrifício das noites indomáveis,
Os
livros da despedida esquecidos no espaço,
Viagem
sem regresso,
Habito
neste pobre musseque,
Que
deambula pela madrugada do meu sono,
Os
esqueletos teus no vidro meu,
Uma
cabeça de xisto suspensa na alvorada,
E
as dores que assolam o teu corpo, e as dores que dormem na tua cabeça…
Despedidas
madrugadas sem dormir,
Pensando
em ti,
Como
uma jangada livremente sobre as nuvens…
Tenho
em mim o sono da morte,
E
o desejo do abismo,
Os
cartazes escondidos no meu quarto,
Caras,
rostos desfocados, simplesmente abandonados,
E
deixo na tua mão o silêncio do rio,
Que
entre montanhas,
Corre
nas tuas veias…
Francisco
Luís Fontinha
Alijó,
14 de Janeiro de 2018