Entre
as linhas do silêncio
As
ânforas madrugadas sem mim
O
óbvio segredo das serpentes de granito
Antes
do regresso do pôr-do-sol…
A
limalha lágrima
Sufocando
o rosto da Princesa
Os
limites da equação do desespero
Voando
sobre os telhados envidraçados
Das
mulheres desejadas
O
beijo feitiço
Os
lábios denegridos da solidão dos dias embriagados
Que
apenas eu consigo observar numa cidade sem nome…
Entre
carris de esperma
A
locomotiva da solidão
Descendo
a montanha
Os
apitos da loucura
Nos
lençóis esquecidos numa qualquer cama
Desertas
ruas envenenadas
À
porta do cinema…
Simplifico-me
Travisto-me
E
para nada…
Não
passo de um sonâmbulo
Filho
da alvorada.
Francisco
Luís Fontinha
quarta-feira,
29 de Junho de 2016