Gosto,
Do
teu perfume impregnado nas palavras do poema,
Quando
o mar me chama,
Quando
a maré me leva.
Gosto,
Do
silêncio teu corpo,
Em
delírio,
Dentro
de uma cabana.
Gosto,
Dos
livros que leio,
Das
mãos que me acariciam,
E
a madrugada ainda vem longe.
Gosto,
Do
apito do petroleiro,
Fundeado
nos teus seios,
Derramando
gotículas de saliva…
Gosto,
E
adoro,
Do
significado transparente da tua sombra,
Quando
o mar está bravo,
Quando
o mar se veste de tempestade…
E
morre com a saudade.
Gosto,
Da
solidão das tuas mãos,
Porque,
meu amor,
Gostar,
Pertence
aos poetas,
Escritores,
Pintores…
Gosto,
De
todos aqueles que amam,
Sofrem…
E
sorriem,
Em
frente ao espelho do cansaço.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
3/01/2020