Cansei-me
da paixão
E
dos telhados de vidro
Que
vivem sós na cidade perdida,
Cansei-me
das pedras mortas,
Tão
distantes de mim…
E
mesmo assim… procuro-as quando desço a calçada,
Não
encontro o mar,
Perdi-o
ainda eu mal caminhava,
Davam-me
a mão,
Desenhava
beijos na sombra da tarde,
E
eu não acreditava…
Nas
falsas luzes do olhar,
E
do amor embalsamado num caixote em cartão…
Descia
o poço da solidão,
Sentava-me
nas tristes órbitas das palavras,
E
sentia poisado no meu corpo,
Outro
corpo,
Não
o teu,
O
dele…
Outro
corpo,
Ossos,
Panos
negros comendo silêncios…
Regressava
a noite
E
nunca tínhamos flores para oferecer
Às
abelhas do sofrimento…
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Domingo,
9 de Agosto de 2015