Não
tenho sono,
Esta
cidade foge de mim como foge o amor correndo em direcção ao mar,
Desço
aos profundos poços do abismo,
Medo
não o tenho,
Mas
tenho medo do amor proibido…
O
meu barco afundou-se,
Somos
alguns marinheiros e alguma ferrugem,
Sei
que não vou regressar,
Encontrar,
Os
jardins da nossa infância,
Os
beijos da adolescência,
Um
soluço,
Dentro
do mar,
Corríamos
como cabras loucas procurando o luar,
Encontrávamos
palavras,
E
ribeiras a chorar,
Urgentemente…
só como sempre o sonhei,
Aqui
sobre esta pedra… a sonhar,
Aqui…
solitariamente… recordando as lágrimas que chorei.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Domingo,
9 de Agosto de 2015
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