Canso-me
dos teus olhos
Quando
a fotografia se suicida na madrugada indolor,
Não
tenho medo da noite,
Da
morte…
Mas
canso-me dos teus olhos
Semeados
numa seara de vento,
Sem
nome,
Sem
gente,
Há
na tua mão uma triste flor,
Com
pétalas descalças,
E
nos lábios…
Transportam
dor,
Ai
meu amor…
Os
rochedos da insónia alicerçados aos cortinados do sofrimento!
Canso-me,
Dos
teus olhos impregnados nas minhas palavras,
São
tão tristes… os teus beijos
Dançando
na barcaça do “Adeus”,
São
tão tristes os teus desejos,
E
os desenhos esquecidos no teu corpo… em movimento,
(Ai
meu amor…
Os
rochedos da insónia alicerçados aos cortinados do sofrimento!)
Se
há noite… meu amor…
Que
me leve…
E
me faça adormecer,
Para
sempre,
Como
os teus olhos…
Que
me cansam… e cansam…
E
me fazem chorar
Quando
me olho no espelho da manhã…
Sabes,
meu amor!
(Ai
meu amor…
Os
rochedos da insónia alicerçados aos cortinados do sofrimento!)
O
silêncio é uma faca cravada no meu peito.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Sábado,
8 de Agosto de 2015
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