Os
poemas morrem na tristeza do teu olhar.
Como
sofre o dia nos teus ombros,
Enquanto
lá fora, ainda noite, uma jangada de nylon gagueja em frente ao mar,
As
lágrimas no teu rosto,
O
silêncio das tuas mãos quando afagam o meu rosto…
Distante
maré no meu corpo abalroado nas insignificantes janelas de vidro,
Os
tentáculos de seda, todas as coisas impossíveis, nas tuas mãos,
Quando
regressa a madrugada.
Choras.
Escreves
nos meus braços as palavras invisíveis da tempestade,
Os
barcos ancorados aos teus dedos…
E
sofres.
E
morres de mim.
Francisco
Luís Fontinha
Alijó,
21 de Janeiro de 2018