Amor!
Todos
os beijos são poucos,
Quando
a madrugada dorme.
Sonho,
Alimento-me
do teu sorriso brincando nos socalcos,
Ao
fundo o rio,
Um
magala desempregado,
Desce
a Calçada,
Senta-se
no teu colo…
E
escreve o mais belo poema de amor.
O
que é o amor?
Um
silêncio perdido na escuridão?
Uma
mulher em cio plantada num qualquer jardim da cidade?
O
amor é a morte dos curiosos,
O
cerrar de todas as janelas da cidade,
Dois
corpos em chamas,
Despidos
no desejo nocturno dos pássaros sem nome.
O
amor é quando dos teus lábios brotam cerejas,
E
uvas,
E
mangas,
Do
meu quintal de Luanda.
O
amor é belo,
Como
as nuvens envergonhadas,
Nas
lâmpadas silenciosas do amanhecer.
Amor!
Todos
os abraços são palavras dispersas que habitam a minha boca,
Quando
ela se entranha na tua…
E
ouvimos o chilrear das andorinhas em flor…
O
amor é.
Acontece,
Vive-se,
E
nunca se esquece…
Ai
o amor, meu amor!
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
11/08/2019