domingo, 10 de junho de 2018


Perdeste o sentido da vida. Alimentas-te de sorrisos e lágrimas e empunhas para mim o teu cigarro suicidado, tosco, escaldante Domingo na triste madrugada.

STOP… meu amor; STOP.




Fotografia censurada pelo Facebook

domingo, 3 de junho de 2018




Quando a parede cair, que caia sobre a tua sombra, se transforme em Sol descendo pelos teus ombros…

E seja poesia eterna.


sábado, 26 de maio de 2018

206 ossos


A colmeia de ossos perdida na montanha,

As flores florescentes que iluminam a noite,

E escrevem no meu corpo o poema,

Palavras,

Malditas palavras na boca do inferno,

A ribeira, simples lareira junto ao mar,

Descem as caravelas,

Sobem os braços dos náufragos,

Marinheiros dos esqueletos putrificados,

As candeias nocturnas do Adeus,

O amor,

Amo-te?

Nunca o saberei,

O que é o amor?

Uma vaca que voa…

Ao cair a noite!

O papel amarrotado do teu olhar,

Quando as estrelas se suicidam nos teus lábios,

Nunca amarei uma pedra…

Quando ela me abraça,

Beija…

Nas sombras dos holofotes de néon,

O dia límpido,

A neblina dos teus seios iluminados na floresta,

Ouves-me?

Amas-me?

Como uma pedra,

Descalça,

Sem palavras,

Ao final da tarde.

 

 

Francisco Luís Fontinha

Alijó, 26 de Maio de 2018