Lateja a mingua luz da montanha
Abraça-se a mim o vento em
nortada
Esta casa em aflição
Que arde
Grita
Lateja a míngua luz do
teu olhar
Socalco que se esconde no
doiro rio
Lateja a míngua luz da
montanha
Às árvores de cartolina
colorida
O rio em saudade
Que arde
Grita
No centro da cidade
Lateja a míngua luz em
silêncio
No silêncio que te beija
Deste rio que corre nas
tuas veias
Entre lágrimas de chuva
E de estrelas sem brilho
Que também elas latejam
Na cidade luz
Da míngua montanha
Que dorme em desespero
Lateja a míngua luz nos
teus lábios
Que sofrem
Que procuram a liberdade
Da luz que lateja da
minha nortada
Nesta triste e pobre
cidade
Que traz o vento
E leva de ti o sofrimento
E a saudade.
31/07/2023
Alijó
Francisco