quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
terça-feira, 10 de dezembro de 2019
segunda-feira, 9 de dezembro de 2019
domingo, 8 de dezembro de 2019
A fome da saudade
Trago
em mim a fome da saudade.
Não
sei quem sou, nesta cidade deserta,
Cansada
da verdade.
Trago
em mim a fome da tristeza,
Quando
o vento se alicerça nos teus lábios.
Trago
em mim o silêncio da noite,
Quando
um livro perdido, se levanta, e avança contra a escuridão.
Trago
em mim o sofrimento do desejo,
Como
uma cancela escondida pela geada,
E
na montanha, tenho escondidas as lágrimas da calçada.
Trago
em mim a morte,
A
dor,
E
o sonho de adormecer no teu colo.
Trago
em mim a saudade,
A
fome,
A
vaidade.
Trago
em mim a felicidade,
De
um dia, voar,
Nas
tuas mãos,
No
teu sonhar.
Trago
em mim a fome de sofrer,
Dentro
de um relógio indignado com o tempo.
Trago
em mim a fome de escrever…
Escrever
palavras de alento.
Trago
em mim a fome de ser,
Ser
quem não sou,
Que
sou ser,
Invisível,
Nesta
Galáxia complexa da noite.
Trago
em mim o prazer,
O
sonho,
A
vontade de viver.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
08/12/2019
A sonhar sonhos de sonhar…
Longe vai o tempo
Em que eu adormecia acordado
No silêncio da escuridão.
E de madrugada
Quando o amanhecer acordava,
Sentia o vento
Na minha janela mal fechada,
O roncar do meu cão
Que não me deixava sonhar…
Adormecer,
E eu… sonhava,
Acreditava na alvorada sem luar,
Na chuva miudinha impressa num
verso de fazer
Inveja ao silêncio dos teus olhos a
chorar.
E longe vai o tempo
Em que sonhava sonhos de sonhar,
Como se fosse o movimento
Do pêndulo simples na minha mão a
saltar.
E saltava!
Corria sem correr
Adormecia e acordava
E voltava a adormecer
No silêncio da alvorada.
Longe vai o tempo
Em que eu sonhava sonhos de sonhar,
E sonhava.
E tinha medo de acordar…
No teu pensamento,
Mulher do mar.
Francisco
Luís Fontinha
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