Longe vai o tempo
Em que eu adormecia acordado
No silêncio da escuridão.
E de madrugada
Quando o amanhecer acordava,
Sentia o vento
Na minha janela mal fechada,
O roncar do meu cão
Que não me deixava sonhar…
Adormecer,
E eu… sonhava,
Acreditava na alvorada sem luar,
Na chuva miudinha impressa num
verso de fazer
Inveja ao silêncio dos teus olhos a
chorar.
E longe vai o tempo
Em que sonhava sonhos de sonhar,
Como se fosse o movimento
Do pêndulo simples na minha mão a
saltar.
E saltava!
Corria sem correr
Adormecia e acordava
E voltava a adormecer
No silêncio da alvorada.
Longe vai o tempo
Em que eu sonhava sonhos de sonhar,
E sonhava.
E tinha medo de acordar…
No teu pensamento,
Mulher do mar.
Francisco
Luís Fontinha
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