Trago
em mim a fome da saudade.
Não
sei quem sou, nesta cidade deserta,
Cansada
da verdade.
Trago
em mim a fome da tristeza,
Quando
o vento se alicerça nos teus lábios.
Trago
em mim o silêncio da noite,
Quando
um livro perdido, se levanta, e avança contra a escuridão.
Trago
em mim o sofrimento do desejo,
Como
uma cancela escondida pela geada,
E
na montanha, tenho escondidas as lágrimas da calçada.
Trago
em mim a morte,
A
dor,
E
o sonho de adormecer no teu colo.
Trago
em mim a saudade,
A
fome,
A
vaidade.
Trago
em mim a felicidade,
De
um dia, voar,
Nas
tuas mãos,
No
teu sonhar.
Trago
em mim a fome de sofrer,
Dentro
de um relógio indignado com o tempo.
Trago
em mim a fome de escrever…
Escrever
palavras de alento.
Trago
em mim a fome de ser,
Ser
quem não sou,
Que
sou ser,
Invisível,
Nesta
Galáxia complexa da noite.
Trago
em mim o prazer,
O
sonho,
A
vontade de viver.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
08/12/2019
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