segunda-feira, 11 de junho de 2012
domingo, 10 de junho de 2012
a contar os barcos mergulhados em sexos murchos
Oiço do espelho que me come
o cansaço das tardes de primavera
(um velho com um chapéu de palha
sentado sobre a pedra do esquecimento)
os melros anunciam-me que ao longe
um espelho invisível
esperam-me
quatro cadeiras
um velho com um chapéu de palha
a contar os barcos mergulhados em sexos murchos
e palavras
palavras com lágrimas
barcos com sexos murchos
nos umbrais da agonia
esqueletos de rissóis
eu
tu
barcos
a primavera
os melros
a esplanada
quatro cadeiras
três livros
um sumo de laranja
os barcos mergulhados em sexos murchos
e palavras
ai as palavras
antes de tocarem no dia
morre a cidade
morre o rio
quatro cadeiras
um rio
um velho
o chapéu de palha sentado na perda do esquecimento
barcos
os barcos
nos sexos murchos da cidade.
o cansaço das tardes de primavera
(um velho com um chapéu de palha
sentado sobre a pedra do esquecimento)
os melros anunciam-me que ao longe
um espelho invisível
esperam-me
quatro cadeiras
um velho com um chapéu de palha
a contar os barcos mergulhados em sexos murchos
e palavras
palavras com lágrimas
barcos com sexos murchos
nos umbrais da agonia
esqueletos de rissóis
eu
tu
barcos
a primavera
os melros
a esplanada
quatro cadeiras
três livros
um sumo de laranja
os barcos mergulhados em sexos murchos
e palavras
ai as palavras
antes de tocarem no dia
morre a cidade
morre o rio
quatro cadeiras
um rio
um velho
o chapéu de palha sentado na perda do esquecimento
barcos
os barcos
nos sexos murchos da cidade.
sábado, 9 de junho de 2012
e dor dentro de quatro paredes
todas as cidades têm coração
todos os homens têm cidades
ruas
pastelarias
dentro do peito
todas as cidades
com árvores
e dor dentro de quatro paredes
no peito
todos os homens
e todas as cidades
todos os livros
e todas as madrugadas
têm coração
dentro de quatro paredes
e candeeiros de sombra
e dor
e lábios de nada
em cada cidade
em cada homem
em cada livro
há um fantasma
de saudade.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
um dia perfeitamente parvo
quinta-feira, 7 de junho de 2012
deserta a noite e o amor
quarta-feira, 6 de junho de 2012
deixei de folhear-te como ontem o fazia
deixaste de acordar nas minhas mãos
e nunca mais peguei em ti
deixei de folhear-te como ontem o fazia
e hoje odeio-te
como na semana passada
deixaste de acordar
nas minhas mãos iletradas
e dos dias que morrem no calendário de parede
o esquecimento ganha forma e cresce de ti
aos poucos
odeio-te
aos poucos
deixei de folhear-te
hoje
hoje olho-te indiferente
sem o prazer de tocar-te
ou ler-te
ou simplesmente olhar-te
não quero saber de ti
e de todos os livros da minha biblioteca
que vivem desassossegados ao teu lado
odeio todos os livros
e todas as palavras
e todos os vidros da janela da noite.
Subscrever:
Mensagens (Atom)