Este
ruído constante nas minhas veias,
Sinto
no peito os socalcos embrulhados pelo xisto do cansado anoitecer,
É
escuro, sempre, em mim,
Habito
neste cubículo de sombra,
Sem
janelas para o mar,
Sem
porta para os teus lábios,
Amanhã,
não sei se vou ver os barcos da madrugada,
Não
sei se amanhã há madrugada,
Não
sei se amanhã há barcos,
Vento,
Silêncio
para me esconder…
Ou
palavras para semear em ti,
Um
aquário de paixão termina a viagem,
Não
traz bagagem,
Recordações,
Fotografias…
Nada,
Os
cigarros misturados na tempestade,
Nunca
sei quando são cigarros,
Nunca
sei quando é tempestade,
Nada,
Nada
quero desta cidade.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Terça-feira,
30 de Junho de 2015