Que faço a estas
páginas sem nome,
que digo às
palavras escritas nestas páginas sem nome...!
Triste, a mão que
se recusa a escrever,
a mão trémula que
inventa cigarros de arder...
que faço a estas
páginas de escrever,
anónimas,
desorganizadas... páginas mortas, páginas amarguradas,
triste, a mão que
acaricia o rosto da madrugada,
e não se cansa de
amar,
Que faço... ao
cabelo sem vento!
Sem nome, prontas a
escrever,
que faço eu
mergulhado no teu corpo de neblina...
triste, a mão que
não se cansa de sombrear o amanhecer,
Que faço, eu!
Que faço eu nesta
tela envergonhada,
onde moram os teus
seios de menina...
que triste..., que
triste as páginas deste livro quase a morrer,
que faço eu, às
palavras não escritas,
aos beijos
desenhados na mesa-de-cabeceira,
sem saber o que
fazer...
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Domingo, 13 de Julho
de 2014
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