São montanhas e vales
Despidos de palavras de
escrever,
São rosas, são árvores e
pássaros,
São poemas a correr,
São água a ferver,
São rochas a brincar
Nas ribeiras a saltar,
São palavras,
São palavras de amar.
São luar
Nas planícies em solidão,
São carros desgovernados,
São carros em contramão,
Na contramão dos sonhos
sonhados.
São as brincadeiras ao
nascer do sol
Quando acorda a
madrugada,
São rosas, são árvores,
São canção…
São tudo e não são nada.
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 13/11/2021