domingo, 8 de julho de 2018

A fuga


Navego no teu sorriso como um louco pássaro,

O sal mistura-se na tua mão com a areia fina da saudade,

E perco-me no teu olhar…

Depois do pôr-do-sol.

 

Descalço-me,

Lanço-me ao rio…

E sinto o meu corpo em fuga em viagem até à morte.

 

Sou apenas uma serpente envenenada pela escuridão…

 

 

Francisco Luís Fontinha

Alijó, 08/07/2018

domingo, 1 de julho de 2018




Todas as tardes te encontro
Nesta desassossegada tarde de Inverno,
Invento a chuva que humedece os teus lábios,
Abraço-te como se fosses a última árvore da floresta…
Na tempestade dos sonhos.
 
 
Francisco Luís Fontinha
1/07/2018


domingo, 24 de junho de 2018


Três dedos de conversa, uma chávena de chá, um livro poisado na tua mão, enquanto lá fora, muito distante de nós, uma cobra brinca na fina areia dos teus olhos.

Enquanto dormia, a flor do teu sorriso despede-se das pétalas envenenadas da noite, rosna o sorriso do lobo, rosna o silêncio da montanha, quando deitas a cabeça no meu colo…

São rosas, meu amor, são rosas os teus cabelos brancos.

 

 

Francisco Luís Fontinha

Alijó, 24/06/2018