sábado, 18 de fevereiro de 2012
A solidão dos plátanos
Finge-se de morto – O Poema
Quando poiso a caneta invisível na sua mão
E olho-o e ele olha-me – O poema
Seminu na garganta do cansaço
À mercê dos olhos de uma árvore
Longe da janela
Onde desaparecem as escadas em direção ao céu
E erguem-se mandibulas nas cores das estrelas
Crescem poemas na solidão dos plátanos
E num jardim imaginário
Descansa a solidão
No desejo das palavras
Finge-se de morto – O Poema
Quando poiso a caneta invisível na sua mão
E olho-o e ele olha-me – O poema
Que sobejou das minhas noites de insónia.
Quando poiso a caneta invisível na sua mão
E olho-o e ele olha-me – O poema
Seminu na garganta do cansaço
À mercê dos olhos de uma árvore
Longe da janela
Onde desaparecem as escadas em direção ao céu
E erguem-se mandibulas nas cores das estrelas
Crescem poemas na solidão dos plátanos
E num jardim imaginário
Descansa a solidão
No desejo das palavras
Finge-se de morto – O Poema
Quando poiso a caneta invisível na sua mão
E olho-o e ele olha-me – O poema
Que sobejou das minhas noites de insónia.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Longa história
(a Uma Longa História, Gunter Grass)
Há sempre uma longa história
De amor
Sofrimento
Ou dor
Uma longa história
Que desce em nós até adormecermos
Uma história de miséria
Que não se apaga da memória
Há sempre uma longa história
De amor
Sofrimento
Ou dor
Quando a vida deixa de girar
Quando as árvores tombam nas arcadas do vento
Há sempre uma longa história
Que nunca se cansa de gritar
Que nunca cessa o movimento.
Há sempre uma longa história
De amor
Sofrimento
Ou dor
Uma longa história
Que desce em nós até adormecermos
Uma história de miséria
Que não se apaga da memória
Há sempre uma longa história
De amor
Sofrimento
Ou dor
Quando a vida deixa de girar
Quando as árvores tombam nas arcadas do vento
Há sempre uma longa história
Que nunca se cansa de gritar
Que nunca cessa o movimento.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Há sempre um sonho
Há sempre um sonho
Uma árvore
E um rio
Há palavras que se suicidam
Na madrugada
Nas mãos de um livro
Há um homem cansado
Abraçado a uma tela sem nome
Numa rua sem saída
Com fome
Há sempre um sonho
Uma árvore
E um rio
Um rio que nos come.
Uma árvore
E um rio
Há palavras que se suicidam
Na madrugada
Nas mãos de um livro
Há um homem cansado
Abraçado a uma tela sem nome
Numa rua sem saída
Com fome
Há sempre um sonho
Uma árvore
E um rio
Um rio que nos come.
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