Andas distraída
Ausente
Manhã de primavera
Abro a janela
E uma flor doente
Dobra-se sobre o chão cansado
sexta-feira, 23 de março de 2012
quinta-feira, 22 de março de 2012
As algemas da noite
Saberei escrever
Depois de morrer,
Pergunto-me,
De que me servem as palavras
E as árvores sonâmbulas
E as janelas para o mar,
De que me servem os barcos
E as algemas da noite,
Pergunto-me
Se saberei escrever
Depois de morrer,
E quando morrer,
Quem…
E depois de morrer quem se lembrará de mim,
Pergunto-me
Se saberei escrever
Depois de morrer,
E as árvores sonâmbulas
E as janelas para o mar
E os barcos,
Pergunto-me
Que fazem na minha mão antes de adormecer…
Depois de morrer,
Pergunto-me,
De que me servem as palavras
E as árvores sonâmbulas
E as janelas para o mar,
De que me servem os barcos
E as algemas da noite,
Pergunto-me
Se saberei escrever
Depois de morrer,
E quando morrer,
Quem…
E depois de morrer quem se lembrará de mim,
Pergunto-me
Se saberei escrever
Depois de morrer,
E as árvores sonâmbulas
E as janelas para o mar
E os barcos,
Pergunto-me
Que fazem na minha mão antes de adormecer…
quarta-feira, 21 de março de 2012
Sobre mim
Sobre mim
Uma finíssima pétala de melancolia
Os uivos do sono
Dentro do espelho da noite
Sinto o poema poisar na garganta da insónia
E escreve-se nas paredes de vidro que alimentam
O hipercubo da madrugada
Sobre mim
O teu desejo vestido de cetim com pérolas doiradas ao pescoço
E à janela a arara da tarde
Em pedacinhos de nada
Oiço o teu desejo que brota do livro de poesia
E em cada instante infinitamente azul
Os teus olhos à mercê de uma rua perdida na cidade
E sei que o rio dorme debaixo da minha cama
E o mar
E o mar está guardado na algibeira da tua saia de ganga
E sobre mim
Uma finíssima pétala de melancolia
Os uivos do sono
Que me trazem as tuas mãos
Uma finíssima pétala de melancolia
Os uivos do sono
Dentro do espelho da noite
Sinto o poema poisar na garganta da insónia
E escreve-se nas paredes de vidro que alimentam
O hipercubo da madrugada
Sobre mim
O teu desejo vestido de cetim com pérolas doiradas ao pescoço
E à janela a arara da tarde
Em pedacinhos de nada
Oiço o teu desejo que brota do livro de poesia
E em cada instante infinitamente azul
Os teus olhos à mercê de uma rua perdida na cidade
E sei que o rio dorme debaixo da minha cama
E o mar
E o mar está guardado na algibeira da tua saia de ganga
E sobre mim
Uma finíssima pétala de melancolia
Os uivos do sono
Que me trazem as tuas mãos
Esferográfica desgovernada
Milimetricamente embrulhado nos cortinados do amanhecer
Sinto as planícies invisíveis na minha mão
Que tremulamente servem de prisão a uma misera esferográfica
Desgovernada
Cansada
Desiludida com as palavras que crescem na janela da solidão
Oiço vagarosamente o vento
Sentado nas ruas imaginárias do meu corpo
Toda a cidade arde
E todas as flores dormem
Milimetricamente embrulhado nos cortinados do amanhecer
Sinto as planícies invisíveis na minha mão
Que tremulamente servem de prisão a uma misera esferográfica
Antes de adormecer
Sinto as planícies invisíveis na minha mão
Que tremulamente servem de prisão a uma misera esferográfica
Desgovernada
Cansada
Desiludida com as palavras que crescem na janela da solidão
Oiço vagarosamente o vento
Sentado nas ruas imaginárias do meu corpo
Toda a cidade arde
E todas as flores dormem
Milimetricamente embrulhado nos cortinados do amanhecer
Sinto as planícies invisíveis na minha mão
Que tremulamente servem de prisão a uma misera esferográfica
Antes de adormecer
terça-feira, 20 de março de 2012
Ao cair da noite
Hesito antes de poisar a mão na madrugada
Finjo caminhar sobre um rio invisível
Suspenso nos sonhos do mar
Deito-me sobre a maré imaginária e inconstante
Que transpira de um livro de poemas amordaçado
Onde o meu corpo se esconde ao cair da noite
Finjo caminhar sobre um rio invisível
Suspenso nos sonhos do mar
Deito-me sobre a maré imaginária e inconstante
Que transpira de um livro de poemas amordaçado
Onde o meu corpo se esconde ao cair da noite
segunda-feira, 19 de março de 2012
Palavras antes de adormecer
Pergunto-me
Se o amor faz sentido,
E quando abro a janela
Oiço a resposta pregada nas árvores do jardim
(olho pacientemente o espelho da manhã)
E na cinza do meu cigarro
Percebo que o amor é uma treta
Como são todas as ruas da cidade
Todos os rios
E todas as montanhas
E as palavras que escrevo antes de adormecer…
Se o amor faz sentido,
E quando abro a janela
Oiço a resposta pregada nas árvores do jardim
(olho pacientemente o espelho da manhã)
E na cinza do meu cigarro
Percebo que o amor é uma treta
Como são todas as ruas da cidade
Todos os rios
E todas as montanhas
E as palavras que escrevo antes de adormecer…
domingo, 18 de março de 2012
Equação diferencial
Há uma equação diferencial
Suspensa no pêndulo do amor
Há um homem emagrecido nos lábios do rio
Cansado
Com frio
Há uma noite mergulhada nos murmúrios do meu quintal
Em silêncio apressado
Sem destino
Sem cor
Há um menino
Nos murmúrios do meu quintal
Suspensa no pêndulo do amor
A flor
Que olha estupidamente a equação diferencial
Suspensa no pêndulo do amor
Há um homem emagrecido nos lábios do rio
Cansado
Com frio
Há uma noite mergulhada nos murmúrios do meu quintal
Em silêncio apressado
Sem destino
Sem cor
Há um menino
Nos murmúrios do meu quintal
Suspensa no pêndulo do amor
A flor
Que olha estupidamente a equação diferencial
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