Das vaginas em
luar
Nas estrelas
embalsamadas que a noite lamenta
Nas vaginas em
palavras silenciadas
Quando o rio
deixa de correr para o mar,
E há sempre uma
vagina
À janela da
madrugada
Uma vagina
cansada
Do cansaço que
não é nada,
Uma vagina que
incendeia a floresta
Dos poemas
semeados na tua mão…
Das vaginas em
luar
Uma canção que
brinca na alvorada,
Uma vagina,
Nas estrelas do
púbis amordaçado,
Uma vagina… uma
vagina à janela
Da janela
inventada.
Alijó,
10/01/2023
Francisco Luís
Fontinha