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terça-feira, 10 de janeiro de 2023

As janelas da vagina

 

Das vaginas em luar

Nas estrelas embalsamadas que a noite lamenta

Nas vaginas em palavras silenciadas

Quando o rio deixa de correr para o mar,

 

E há sempre uma vagina

À janela da madrugada

Uma vagina cansada

Do cansaço que não é nada,

Uma vagina que incendeia a floresta

Dos poemas semeados na tua mão…

 

Das vaginas em luar

Uma canção que brinca na alvorada,

Uma vagina,

Nas estrelas do púbis amordaçado,

Uma vagina… uma vagina à janela

Da janela inventada.

 

 

Alijó, 10/01/2023

Francisco Luís Fontinha

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Infâmia


A maré que chora
e
grita
o esperma emancipado da poesia adormecida
a lágrima
o sorriso de uma ferida
a maré que inventa meninos ao amanhecer
o mar endurecido
o mar... o mar a morrer
a sílaba
e
grita
a palavra
na vagina do silêncio...
a maré
cinzenta
a ratazana dos armários de vidro
a infâmia quando acorda o mendigo.



Francisco Luís Fontinha – Alijó
Quinta-feira, 22 de Janeiro de 2015