A maré que chora
e
grita
o esperma emancipado
da poesia adormecida
a lágrima
o sorriso de uma
ferida
a maré que inventa
meninos ao amanhecer
o mar endurecido
o mar... o mar a
morrer
a sílaba
e
grita
a palavra
na vagina do
silêncio...
a maré
cinzenta
a ratazana dos
armários de vidro
a infâmia quando
acorda o mendigo.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Quinta-feira, 22 de
Janeiro de 2015
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