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sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Acordar

 Que o teu sorriso

Seja sempre o sol de cada manhã

Quando acorda

Que o teu sorriso

Seja sempre o poema

Em cada dia

A cada poesia.

 

22/09/2023

sábado, 22 de abril de 2023

Janela do teu olhar

 Olhas-me quando acordas,

Desenhas em mim o beijo,

Quando acordas,

Poisas a tua mão no meu rosto,

Quando acordas,

E recebo todas as palavras…

As palavras,

Das palavras,

Nas palavras,

Porque acordas.

Da janela do teu olhar,

Recebo a luz da manhã,

Depois de acordares,

Porque quando acordas…

Vêm a mim as flores do teu acordar.

Beijas o meu rosto,

Quando acordas.

Escrevo-te enquanto dormes,

Lês-me quando acordas,

Abres a janela do teu olhar,

Quando acordas,

E me olhas,

E me beijas,

Quando acordas,

Como se a vida fosse um livro,

Um livro com palavras de acordar,

Um livro…

O meu livro,

E quando acordas,

Deixo as minhas mãos no teu rosto.

 

 

 

Alijó, 22/04/2023

Francisco Luís Fontinha

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Não te esqueças de acordar de manhã

 

Não te esqueças de acordar,

E se não acordares pela manhã,

Não entres em pânico,

Podes estar morto,

Podes estar a sonhar,

 

Mas tenta sempre acordar,

Mesmo que estejas morto,

Ou esquecido de acordar…

Levanta-te,

Ergue-te,

 

E compra um ramo de flores,

Encarnadas, se possível, oferece-as a quem amas…

Veste o teu melhor fato,

Se fores mulher, pinta os lábios,

Mas nunca te esqueças de acordar,

 

Acordar pela manhã,

E se acordares morto,

Não te lamentes,

Não fiques triste,

Porque há mortos felizes,

 

Porque há mortos contentes,

Não te esqueças de acordar,

Desfazer a barba,

O duche,

O cigarro e o café… e então poderás partir.

 

 

 

Alijó, 07/10/2022

Francisco Luís Fontinha

sábado, 6 de setembro de 2014

Acordar


Hoje acordei e nada tinha para te dizer,
dizer-te bom dia... quando hoje está um dia triste, ausente, como tu...
olhar-te sabendo que não queres que te olhe, sentes medo, sentes... cansaço,
hoje acordei,
e também não queria ouvir palavras,
apenas... apenas contemplar-te sem que o percebesses,

Hoje acordei e vi no meu espelho o teu rosto,
confundi-te com uma gaivota,
por alguns instantes... acreditava estar dentro de um sonho,
que ao longe serpenteava o mar no teu olhar,
mas não,
não existe sonho, não existe mar...

Porque acordar... é como se o espelho da verdade ficasse em pequeníssimos grãos de areia...

Hoje acordei...

Sem saber que acordar é fingir que não te vejo!


Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sábado, 6 de Setembro de 2014