Este monstro que sou
Que cresceu dentro do meu
peito
Este monstro que fui
E voa como voam os sonhos
E morre como morrem todos
os sonhos
Este monstro que sou
E semeia as palavras nas
tuas mãos
Que desenha monstros no
teu olhar
Este monstro
Que sou e fui
E serei
Enquanto o mar se despe e
envenena a noite
Este monstro
O meu monstro
Que fui que serei que
monstro será eternamente enquanto houver luz
Alijó, 30/10/2022
(palavras e quadro de
Francisco Luís Fontinha)
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