Porque dormem estas
fotografias
Que hoje são poeira
Porque choram estas
fotografias
Que ontem eram alegria
E hoje
São pedacinhos de
saudade.
Porque brincam estas
fotografias
Na sombra da minha
biblioteca
Onde habitam livros
Homens e mulheres
Crianças e palhaços
Deste circo que é a vida.
Porque guardo estas
fotografias
Dentro do meu silêncio
Porque escrevo na parte
de trás destas fotografias
As palavras envenenadas
das tristes tardes de Outono
Quando eu era criança
E hoje sou apenas uma
árvore que tomba sobre o mar…
Alijó, 30/10/2022
(palavras e quadro de
Francisco Luís Fontinha)
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