Era um sábado invejoso
Solitário
E sem nome.
Sob mim
Tinha as escondidas
palavras do desejo
Que inseminaram a noite
obscura
De uma sexta-feira
Ingénua.
Havia uma canção
Que sobrevoava os seios
da tempestade,
Onde um pedaço de
literatura
Chorava a saudade.
Sorria em pleno desejo;
Escrevia no tecto do
silêncio
Os poemas perdidos,
Longínquos
E
Desajeitados.
Morria de sono.
Equações de luz
Jaziam sobre a cama de
sémen
Da mulher desejada,
Porque lá fora,
A água dos pássaros
Pertencia à noite em
construção.
Ama o corpo
Das abelhas
E do púbis em flor…
Nunca esqueças o teu
nome,
Desejo,
Silêncio
E pedaços de mar
E amor.
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 09/10/2021
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