(Fontinha
– Setembro/2015)
Lembrei-me
de ti, hoje, e das fotografias tiradas quando se escondia a noite nos coqueiros
junto ao mar,
Lembrei-me
da solidão
E
dos passeios agarrado à tua mão,
Lembrei-me
de ti, hoje, e das palavras que escrevias no meu olhar,
Como
se eu fosse uma fina folha em papel,
Sofrida,
Cansada
de ser riscada,
Velha
e tonta… amada,
Lembrei-me
de ti, hoje, e das tardes a desenhar os barcos em cartão,
Sós
no imenso Porto de embarque e desembarque… sem destino algum,
Ensinaste-me
o que eram as montanhas vestidas de branco,
Ensinaste-me
o sabor da geada…
E
hoje, e hoje lembrei-me de ti e das tuas lágrimas choradas,
Quando
acordava a madrugada…
E
eu, e eu sem sono… sem sono… gritava.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Segunda-feira,
21 de Setembro de 2015
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