sábado, 18 de julho de 2015

Cieiro da madrugada


Não me sinto desenhado neste rio sem nome,

Não sinto no meu corpo o cieiro da madrugada,

 

A fome…

As mãos da manhã amada,

Não sinto nada,

Não me sinto aprisionado a esta tarde envenenada,

A fome…

A palavra…

Não o sinto,

Não me sinto desenhado,

Esculpido no rochedo da dor,

Não há livros em mim,

Ou flor,

Que alimentem este cansaço,

 

Ou matem este amor.

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Sábado, 18 de Julho de 2015

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