Hoje
Conversei
com a noite
Como
estás?
Há
tanto tempo que não te via…
Estou
Aqui
Estou
bem
Obrigado
Percebo
que o amor
É
um poema de “merda”
Amar
é sofrer
Preferia
resolver
Equações
complexas
Davam-me
mais prazer
E
não tinha medo de perder…
Aquilo
que nunca tive
Regressar
a ti
Aos
teus braços de constelação apaixonada
A
essência dos delírios em Cais do Sodré
Não
é
Meu
amor
O
passado
Uma
fotografia do futuro?
O
amor é orgasmo
(li
hoje num poema de uma amiga)
O
amor é orgasmo
É
silêncio
Na
boca da esperança
Perdia-a
Perdi-me
Nas
tuas avenidas
De
luz
Com
pontes
As
matrizes
Deambulando
nos teus seios
Os
dardos do sofrimento
Todos
Eles
No
meu peito de granito
Perdi
as lágrimas
E
o futuro
Vivo
Acreditando
que não vivo
Escrevo
Mas
sei que não escrevo
Tenho
medo
Daquilo
que os outros pensam
É
maluquinho…
Poemas
de amor…
Já
ninguém os escreve
Há
nas ruas da minha solidão
O
fantasma da velhice
Acordar
E
Deitar
Só…
Os
alfinetes da saudade
Imaginados
Nas
nádegas dos orgasmos invisíveis…
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Os
cortinados envenenados pela paixão
Meu
amor
Nas
nádegas o sorriso da censura
Nada
espero de ti
Porque
nunca esperei nada
De
nada
Apenas
dos orgasmos meu amor
Das
palavras
Entre
palavras
Dois
corpos de palavras
O
amor
Os
solitários
Os
beijos desenhados nas cancelas da madrugada
Não
encontra o número do cubículo
Procura
na algibeira as chaves do púbis enganado
Ele
Desempregado
Das
palavras
Entre
palavras
Gemidos
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
E
a vida termina…
Numa
ruela
Sem…
sem saída.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Sábado,
18 de Abril de 2015
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