(desenho de
Francisco Luís Fontinha)
não inventes nos
meus sonhos
a embriaguez da
despedida
o silêncio
pincelado de luar
quando ainda não
existe luar na tua mão
não inventes
sonhos
viagens sem regresso
viagens sem partida
há dentro deste
corpo
todos os alicerces
da melancolia
há no teu olhar
as palavras da
madrugada
sem fantasia...
e não sei porque me
sento nesta pedra
esperando o
esqueleto de papel
há muito esquecido
na floresta
sem amor
sem paixão de
saltar as sombras do amanhecer
e sempre que quero
não sei onde
habitam os teus lábios
comestíveis beijos
não
inventes
sonhos nos meus
sonhos sem vida...
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Sábado, 28 de
Fevereiro de 2015
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