(desenho de
Francisco Luís Fontinha)
Este caixote sem
janelas
que habita o meu
cérebro cinzento
as palavras belas
que sinto
quando acorda o
amanhecer
e não encontro o
teu corpo na minha cama,
As imagens do
silêncio
reescritas na tua
mão de porcelana
regressar é
impossível
viver...
sonhar
sem saber que amanhã
não existe mar,
Maré dos enganos
sílabas
assassinadas pela caneta negra...
um desenho
(uma porcaria de
desenho...)
suspenso na forca da
idade
como serpentes em
pedacinhos descendo a montanha,
As sombreadas
verrugas do Adeus
quando o caixote
arde na cinza madrugada
o meu cérebro morre
e leva as minhas
palavras...
o meu cérebro
morre...
e leva o meu corpo.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Quarta-feira, 28 de
Janeiro de 2015
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