(desenho
de Francisco Luís Fontinha)
O
amor é uma noite escura, imagens tridimensionais vagueiam nos teus
seios de Inverno, a geometria do prazer inventa-se,
E
transforma-se em películas de desejo, o corpo vacila, sente a
tempestade íngreme do desespero, amanhã não há madrugada,
amanhecer, horas, sorrisos... e beijos,
O
amor?
Uma
parábola esquecida no mural de xisto junto ao rio, lá longe os
barcos embalsados, aqueles que ninguém ama, quer...
Geometria,
equações trigonométricas com odor a poesia
Possível
E no
entanto o amor é uma noite escura, sombria, habitada pelo medo da
paixão, uma rua, uma avenida... e embriagados transeuntes olhando
monstras desertas, as insinuações acomodadas do dia, sentado, de
pé... correndo,
Escrevo
palavras para não morrer, e o amor é uma noite escura, imagens,
retratos, e... e quadros desconexos,
Avenida,
Sem
sentido,
Correndo
Possível?
Correndo
sobre as tempestades de areia, e acordo sobre a imensidão do
impossível, dos amargos lábios do poema,
Palavras,
Mortas...
encaixotadas nos teus lábios...
(…)
(texto
de ficção)
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Quarta-feira,
28 de Janeiro de 2015
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