A mecânica do
esqueleto de pedra
em movimento
uniformemente acelerado,
no abismo das
amendoeiras enlouquecidas
adormece um sorriso
cansado,
triste,
porque habitam nos
lábios de uma gaivota os desenhos embriagados,
a mecânica...
do sexo quando
emerge das sílabas tontas o orgasmo da palavra,
deita-se na fina
folha de papel não escrita,
branca como o
silêncio... como o silêncio da mecânica...
que grita,
e chora nas encostas
perdidas,
na montanha do
Adeus,
brincam as crianças
das planícies nocturnas do infinito,
descobrem o beijo
num qualquer espelho sem nome,
e a cidade entra em
ebulição quando uma janela se alimenta do cortinado colorido,
a mecânica... não
sabe o que é o amor,
a física quântica
alicerça-se ao esqueleto de pedra,
e as mandíbulas
ínfimas de espuma...
correm nas veias do
poeta,
tenho no meu quarto
um veleiro ensonado,
sem bandeira,
sem... sem
Nacionalidade,
como a saudade...
sempre desalinhada
com os carris invisíveis da paixão.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Quarta-feira, 26 de
Novembro de 2014
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