Se eu voasse
não atravessava o
Oceano para em ti poisar...
se eu voasse
não me levantava
deste banco de silêncio
com mãos de pérola
adormecida
não gritava
não... não chorava
porque as palavras
são searas de insónia sobre um papel queimado,
um punhado de trigo
voando
sonhando...
na planície dos
corpos embalsamados,
se eu voasse
não atravessava o
Oceano para em ti poisar...
não escrevia
não lia...
não
não acreditava no
amanhecer amar!
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Domingo, 28 de
Setembro de 2014
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