Liberta-me
desassossega-me esta
insónia fervilhante
que atormenta as
minhas mãos
e me proíbe de
escrever
liberta-me quando
começar a madrugada
e lá fora
ninguém
ninguém para me ver
ninguém para me
observar
quero ser a noite
vestida de luar
quero ser o socalco
que nunca se cansar de olhar...
o rio
e as pessoas que o
rio engole e mata
liberta-me
liberta-me deste
cansaço desengraçado
que habita nesta
sanzala de lata.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Sábado, 27 de
Setembro de 2014
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