havia em ti pérolas
de naftalina
eu pensava que o mar
era só meu
e o egoísmo
alimentava-me e fazia com que as minhas asas de amanhecer...
ardessem
como o cigarro que
fumo e suspenso na janela com vista para os patamares do Douro
o rio entranhava-se
em pedacinhos de dor
sofrimento
e algumas lágrimas
invisíveis... poucas... voavam como gaivotas sem nome
descubro o amor numa
solitária videira
a paixão numa
triste pedra em granito... perdida na rua
à espera do
silêncio na esquina sem transeuntes
e oiço as palmeiras
com sombras de doirado anoitecer.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Quarta-feira, 30 de
Abril de 2014
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