foto de: A&M ART and Photos
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O corpo roda e sofre
morre
evapora-se dentro das graníticas
rochas do coração de água
límpida solidão caminha nas mãos da
mulher apaixonada
ela vive
ela ama
ela... ela é a própria madrugada
e não sabe que dentro de mim habita
uma triste palavra,
O corpo é como um livro disperso no
cacimbo
e alicerça-se ao cais dos mendigos
envergonhados
ela senta-se no dorso cansado que todas
as quintas-feiras submerge na penumbra noite dos pobres esqueletos de
vento
morre
ela vive
ela ama
ela... sente o pólen mergulhado no
soalho da insónia
e dos lençóis do desejo... ela
absorve o sémen do poema acabado de nascer...
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Quinta-feira, 20 de Fevereiro de 2014
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