As palavras, os sons... porque hoje o silêncio
mistura-se nas palavras por dizer e em trocados olhares, porque hoje,
hoje tudo parece adormecer como uma doce boneca de trapos nas mãos
de uma criança, e o céu, e o mar, e os sons... mergulham nas
esplanadas do abismo, comem poemas não escritos, e, e escondidos nas
clarabóias do nocturno beijo que as árvores de papel crepe deixam
cair sobre as tuas mãos de acrílico sobre tela
Há uma tempestade dentro do meu coração,
Cair sobre os charcos que vivem nos musseques de
ontem, e de hoje, e talvez amanhã, um sofrimento de capim grite
sobre os telhados de zinco
Há uma,
Sobre tela, o acrílico desejo em sons uivos dos
alicerces amaldiçoados pelos mabecos revoltados, embondeiros dormem
de pé esperando a chegada do silêncio e este mistura-se nas
palavras por dizer e em trocados olhares, porque hoje, hoje tudo
parece adormecer como uma boneca de trapos nos ramos feridos das
folhas mortas que vão caindo sobre o paralelepípedo castanho que as
sílabas de prata escrevem no caderno em pequenas despedidas,
Perco-me de ti nos teus braços de hoje, e ontem...
Havia uma tempestade dentro do meu coração, e
ontem
Eu era um cadáver em movimento curvilíneo,
suspenso por um cordel ao tecto das amendoeiras preguiçosas, sem
flor, caindo em pedaços apodrecidos sobre as paredes do amor
impossível, indesejado... do amor não vivido, do amor proibido, às
palavras, às linhas transversais das marés de Inverno...
(o cosseno de trinta graus é raiz de três sobre
dois)
Havia uma tempestade dentro do meu coração, e
ontem Havia uma tempestade dentro do meu coração, e ontem Havia uma
tempestade dentro do meu coração, e ontem Havia uma tempestade
dentro do meu coração, e ontem Havia uma tempestade dentro do meu
coração, e ontem Havia uma tempestade dentro do meu coração, e
ontem Havia uma tempestade dentro do meu coração, e ontem Havia uma
tempestade dentro do meu coração, e ontem,
Há uma,
Havia muitas...
As palavras, os sons... porque hoje o silêncio
mistura-se nas palavras por dizer e em trocados olhares, porque hoje,
Hoje perco-me de ti nos teus braços de hoje, e
ontem...
(o cosseno de trinta graus é raiz de três sobre
dois).
(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha – Alijó
Terça-feira, 1 de Outubro de 2013
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