É meia-noite no meu peito
e o meu coração está disfarçado de roseira
há perfume que sobejou da tarde sem jeito
e palavras misturadas na bebedeira
É meia-noite no meu peito
triste
cansado mergulhado num líquido viscoso
triste o meu coração moncoso
que resiste
ao poema desajeitado com lágrimas escondidas no leito
É meia-noite no meu peito
e deixei voar o amor
nos silêncios invisíveis que habitavam o céu perfeito
com mãos de chocolate e na lapela a alegria de uma flor.
(poema não revisto)
sábado, 8 de setembro de 2012
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
A noite sobre a aldeia de papel
As mãos ensanguentadas de fome
ao cair a noite sobre a aldeia de papel
o vento leva todos os sorrisos da tarde
e o céu absorve as lágrimas de sofrimento
uma criança inventada
chora em cima da copa de uma árvore
imaginada
por uma miúda refilona
uma menina traquina
saltitando de rio em rio
e de mar em mar
até se deitar sobre a areia fina dos sonhos
engraçadinha
preguiçosa
menina teimosa
como um lírio voando desalinhado dentro dos pontos cardeais
e à lua toca com os lábios de saudade
comendo as estrelas azuis
e os pontos de luz pintados de esperança
antes de acordar a madrugada
as mãos ensanguentadas de fome
ao cair a noite sobre a aldeia de papel
o vento leva todos os sorrisos da tarde
(uma menina traquina
saltitando de rio em rio
e de mar em mar)
sem perceber que o vento
que o vento leva todos os sorrisos da tarde...
(poema não revisto)
ao cair a noite sobre a aldeia de papel
o vento leva todos os sorrisos da tarde
e o céu absorve as lágrimas de sofrimento
uma criança inventada
chora em cima da copa de uma árvore
imaginada
por uma miúda refilona
uma menina traquina
saltitando de rio em rio
e de mar em mar
até se deitar sobre a areia fina dos sonhos
engraçadinha
preguiçosa
menina teimosa
como um lírio voando desalinhado dentro dos pontos cardeais
e à lua toca com os lábios de saudade
comendo as estrelas azuis
e os pontos de luz pintados de esperança
antes de acordar a madrugada
as mãos ensanguentadas de fome
ao cair a noite sobre a aldeia de papel
o vento leva todos os sorrisos da tarde
(uma menina traquina
saltitando de rio em rio
e de mar em mar)
sem perceber que o vento
que o vento leva todos os sorrisos da tarde...
(poema não revisto)
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
À boca a tua louca janela
Sossego
entre as palavras caídas
das nuvens de veludo púrpura
à boca
sossego dos lábios incandescentes
quando do desejo cresce a vergonha de olhar o céu
louca
a manhã em ressaca depois da noite murmurada em poemas doentes
às palavras indesejadas
à boca
louca
majestosos cansaços nos pilares da morte
louca
sossego
quando escreves na minha lápide invisível
(aqui jaz um grande filho da puta)
eu
em sossego
entre as palavras caídas
das sandálias com tiras de couro
e um triciclo de madeira
esquecido
magoado
triste debaixo das mangueiras trucidadas pelas balas sem destino
eu menino
voo sobre o musseque de incógnitas e equações clandestinas
louca
a boca
a tua boca
quando engole o meu corpo em pequenos recortes de jornal
à boca
a louca clandestina memória da infância
(aqui jaz um grande filho da puta)
um menino em calções que sonha roubar o mar de Luanda...
(poema não revisto)
entre as palavras caídas
das nuvens de veludo púrpura
à boca
sossego dos lábios incandescentes
quando do desejo cresce a vergonha de olhar o céu
louca
a manhã em ressaca depois da noite murmurada em poemas doentes
às palavras indesejadas
à boca
louca
majestosos cansaços nos pilares da morte
louca
sossego
quando escreves na minha lápide invisível
(aqui jaz um grande filho da puta)
eu
em sossego
entre as palavras caídas
das sandálias com tiras de couro
e um triciclo de madeira
esquecido
magoado
triste debaixo das mangueiras trucidadas pelas balas sem destino
eu menino
voo sobre o musseque de incógnitas e equações clandestinas
louca
a boca
a tua boca
quando engole o meu corpo em pequenos recortes de jornal
à boca
a louca clandestina memória da infância
(aqui jaz um grande filho da puta)
um menino em calções que sonha roubar o mar de Luanda...
(poema não revisto)
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