Excelente artigo de Pedro Santos Guerreiro em Jornal de Negócios Online: A OPA do Corno Manso.
domingo, 8 de abril de 2012
Seis pedras e uma corda
Dentro da secretária uma gaveta perdida
Duas canetas sem memória
E um pedaço de papel
Seis pedras e uma corda
E um livro de mil novecentos e trinta e oito
(oiço o sol nas asas do cansaço)
E é tudo o que me resta
Duas canetas sem memória
E um pedaço de papel
Seis pedras e uma corda
E um livro de mil novecentos e trinta e oito
(oiço o sol nas asas do cansaço)
E é tudo o que me resta
sábado, 7 de abril de 2012
O esboço da maré
Este barco sem rumo
Nas águas cansadas onde dormem as rosas vermelhas
Este barco sem rumo de âncora aguçada
Entre as nuvens e a lua atormentada
O poeta faz um esboço na maré
Com o carvão inventado das lágrimas da noite
O poeta é um parvalhão
Dentro do barco sem rumo
À procura das sandálias da infância
Teso sempre teso como o fio-de-prumo
Que liga a janela da noite à janela do dia
E o corpo do poeta
Nada mais de que as palavras em revolta
Nada mais
Poeta parvalhão
Sempre teso
Sempre sem tostão
Poeta de merda.
Nas águas cansadas onde dormem as rosas vermelhas
Este barco sem rumo de âncora aguçada
Entre as nuvens e a lua atormentada
O poeta faz um esboço na maré
Com o carvão inventado das lágrimas da noite
O poeta é um parvalhão
Dentro do barco sem rumo
À procura das sandálias da infância
Teso sempre teso como o fio-de-prumo
Que liga a janela da noite à janela do dia
E o corpo do poeta
Nada mais de que as palavras em revolta
Nada mais
Poeta parvalhão
Sempre teso
Sempre sem tostão
Poeta de merda.
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