quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Manhãs sem vista para o mar

São assim as manhãs
Tristes
Cansadas
Sofridas
São assim as manhãs
Dentro de um corredor frio e escuro e comprido

Sem vista para o mar

São assim as manhãs
Abraçadas à saudade
Tristes
Cansadas
Sofridas
Na garganta da cidade

Sem vista para o mar

São assim as manhãs
De inverno
Inferno

No espelho do luar.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012


59,4 x 84,1 – Francisco Luís Fontinha

Ficções - Francisco Luís Fontinha


59,4 x 84,1 – Francisco Luís Fontinha

Amor Proibido


59,4 x 84,1 – Francisco Luís Fontinha
Que o amor seja livre e sem preconceito.

Vidas cruzadas


84,1 x 59,4 – Francisco Luís Fontinha

A tua mão

Não sabia o que eram rosas
Dálias
Malmequeres
Não sabia que quando tocava os crisântemos
Eles sorriam
E me olhavam

Não sabia que dentro dos livros
(do António Lobo Antunes)
Viviam pessoas
Iguais a mim
Que sofriam
Que amavam
Que morriam

Não sabia
Que no mar vivia poesia
Palavras abraçadas à maré
Não sabia como acreditar e ter fé

Tanta coisa que eu não sabia
E aprendi com a tua mão.