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sábado, 21 de outubro de 2023

Manhãs de Outono



São tristes,

Meu amor,

São tristes as manhãs de Outono,

São lindas,

Meu amor,

São tão lindas as manhãs de Outono,

 

Quando a montanha me acena

Quando da montanha recebo a madrugada

Na manhã que desdenha

Da manhã sem nada,

 

São tristes,

Meu amor,

São tão tristes as manhãs de Outono,

São tão lindas,

Meu amor,

São tão lindas as árvores no Outono,

 

Quando a montanha me abraça

Quando da montanha regressa o teu olhar

Na montanha que se esconde numa barcaça…

E parte para o mar,

 

São lindas, meu amor,

São lindas as manhãs de Outono,

E são tão tristes,

Meu amor,

São tão tristes são as manhãs de Outono.

 

 

21/10/2023

domingo, 20 de janeiro de 2013

Coração de areia


(caiu uma árvore sobre a minha inspiração: pedimos desculpas pelo sucedido: Obrigado)

Um volátil coração de areia
desespera pela ensanguentada manhã das palavras feras
que o vento arrancou
das nobres veredas serras,

Sinto o frio orgulho do meu esqueleto cansado
perdido às vezes entre frases e poemas
outras vezes despromovido
mas a maioria das vezes sei que pareço um mendigo com penas,

Que voa não voa e voa
como todos os outros corações de areia
há nas manhãs com chuva
uma lareira que a terra semeia,

Que a terra alimenta
o peito desesperado da eterna santa madrugada
um coração de areia
e mais nada.

(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha
Alijó

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Gélidas mãos do prazer


Não tenho coisas para te dar
apenas te posso oferecer as minhas mãos gélidas
ou as pálidas palavras cansadas de viver
elas quando emergem sobre a escuridão as tristezas tuas manhãs
o entra e sai da porta sibilada distante
que mente
ausente de ser
outras coisas à janela das minhas pobres gélidas mãos de linho,

Nada eu tenho para te oferecer
(já nem os meus livros) gélidas mãos do prazer
queimei todos os papeis frágeis que viviam e dormiam
no meu corpo de pérola cinzenta
lenta
a morte das coisas que tive
e deixei de ter
e não mais voltarei a ver.

(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha
Alijó

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Manhãs sem vista para o mar

São assim as manhãs
Tristes
Cansadas
Sofridas
São assim as manhãs
Dentro de um corredor frio e escuro e comprido

Sem vista para o mar

São assim as manhãs
Abraçadas à saudade
Tristes
Cansadas
Sofridas
Na garganta da cidade

Sem vista para o mar

São assim as manhãs
De inverno
Inferno

No espelho do luar.